Como criar o apartamento perfeito em apenas 40m2

Elisabete Figueiredo—HOMIFY Elisabete Figueiredo—HOMIFY
Caminha Refurbishment, Tiago do Vale Arquitectos Tiago do Vale Arquitectos Eclectic style kitchen Tiles
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Um apartamento junto ao mar, claro e luminoso. Um sonho!

Mas e se o apartamento está bem longe de ser um sonho? E se ao olhar à volta só apetece fugir? Então está na hora de renovar! E renovar foi exatamente os que os donos deste apartamento fizeram.

Mesmo ao norte de Portugal, com o mar ali ao lado, fica o apartamento que hoje lhe queremos mostrar. De construção antiga, da década de 80, este apartamento estava a acusar a passagem do tempo, mas também era testemunha estática da mudança de paradigma na distribuição dos espaços interiores. Claro que os seus exíguos 40 m2 não ajudavam, e pelo contrário tornavam o projeto exponencialmente mais difícil, se não impossível.

Como a palavra impossível não entra no vocabulário da ’Tiago do Vale Arquitetos’, lançaram mãos à obra e revolucionaram os desatualizados interiores deste apartamento minúsculo, e de caminho a vida dos seus proprietários. Venha comprovar com os seus próprios olhos!

Deprimente

Desatualizado, atafulhado, claustrofóbico… Há vários adjetivos para qualificar este apartamento antes da intervenção, mas na nossa opinião o que melhor definia o conceito deste apartamento é deprimente, porque quando atentamos a todos os pormenores da foto ficamos imediatamente deprimidos com o imenso trabalho que haveria pela frente para este espaço ser atualizado. Claro que onde nós vimos dificuldades os profissionais viram potencial E o resultado é o que verá a seguir.

E o mar entra dentro de portas!

O projeto centrou-se sobretudo em deixar entrar a luz e em maximizar a perceção do espaço para acabar com a sensação de clausura que o pequeno apartamento original repassava. Foi essa a premissa que serviu de base à escolha cromática onde o branco tem total predominância, mas sem esquecer uma pincelada de cor dada pelo volume azul, que trás o mar para dentro de portas e torna o espaço mais vivo e divertido.
A configuração original do apartamento não foi substancialmente modificada mas a paleta de cores quase foi suficiente para parecer outra casa.

Velhinho e feínho

Era um apartamento dos anos oitenta, e a sua estética e os seus materiais denunciavam-no claramente, mas adicionalmente a passagem dos anos e o uso intenso contribuíram para que antes dos trabalhos de remodelação fosse uma casa muito pouco apelativa.

Brilhantemente renovado

No conjunto homogéneo azul as portas do apartamento desaparecem da vista tornado o espaço mais fluido, mais leve, e menos compartimentado, apesar de na realidade não estar.
O branco da casa de banho, harmonioso com o conceito dos restantes espaço dá-lhe imediatamente um ar brilhante e moderno, apoiado também nas loiças sanitárias de design muito atual.

Os cabides, meros relevos num tom ligeiramente mais escuro sobre a parede azul, são minimalistas e perfeitos para arrumar os acessórios de praia.

Enorme? Só no bom gosto!

Confesse, não imaginaria nunca que esta fosse a casa de banho que viu lá atrás! Parece muito maior, mesmo muito maior!

As cores muito claras e brilhantes imperam para tornar o espaço visualmente mais amplos. E funciona mesmo! Na mesma linha conceptual, as grandes superfícies espelhadas repetem o espaço, dando-lhe uma área que não tem, mas parece ter. A área não aumentou, nem poderia, no entanto quase poderíamos apostar que sim.

A cozinha desatualizada

Não estava mal… Apenas era percetivelmente antiquada. E não nos esqueçamos o seu pequeno tamanho, que parece ainda mais exíguo devido à escolha dos armários em madeira escura. Precisava de carinho…

Ficou perfeito!

E aqui podemos ver como o design compacto do volume azul funciona na perfeição! Foi como se todas as áreas utilitárias da casa tivessem sido agregadas e minimizadas para dar mais espaço às áreas de vivência. A área da cozinha e da zona de refeições demarca-se perfeitamente destas através do pavimento e de uma parede com motivos geométricos de ar retro que conjuga na perfeição o minimalismo das cores das paredes e o restante chão de madeira.

Redistribuição

Os armários, eletrodomésticos e bancada foram agregados e compactados apenas numa das faces do compartimento, à face do volume azul, deixando mais espaço livre e desafogado para circulação, e aumentando a área de refeições.

A mesa e as cadeiras têm um estilo levemente rústico, mantendo o estilo descontraído que se pretendeu imprimir em todo o apartamento, ao mesmo tempo que parecem naturalmente pertencer ao tom vintage do revestimento.

Adeus puxadores salientes

Há coisas irritantes quando temos um espaço muito pequeno para trabalhar, e dessas coisas faz parte bater nos puxadores de portas e gavetas! É ou não é irritante?
Pois aqui esse problema foi subtilmente anulado a acabar com os puxadores. E como se abrem então as portas? Através das ranhuras que se veem na imagem, claro!

Um conceito diferente

Não era apenas o espaço que estava desatualizado. Tudo no apartamento precisava de melhorias, desde o chão, às paredes e até ao teto. E até o mobiliário parecia uma manta de retalhos em termos de estilo, como se tivesse sido mobilado com restos de outras casas. Provavelmente a decoração já terá feito sentido a determinada altura, mas atualmente estava totalmente desadequada.

Agora sim!

Chão de madeira clara e paredes brancas são uma combinação intemporal, mas está cada vez mais atual. As prateleiras minimalistas, estreitas e compridas, na parede permitem, criar alguns efeitos decorativos sem pesar ou roubar espaço de vivência.
A decoração e o estilo são despretensiosos e muito simples, como uma casa junto à praia deve ser, mas sem descurar o conceito de retro chic minimalista, que lhe dá um ar sofisticado.

O quarto como era antes

O quarto segundo o conceito tradicional era além de antiquado, muito pouco prático. O roupeiro parecia massivo no acanhado espaço dominando o quarto e toda a sua vivência. O candeeiro de teto era mais apto para um salão palaciano do que para um pequeno quarto de T1. Tudo precisava de melhorar, e melhorou!

Espaço aberto mas fechado

O quarto abria diretamente para a sala com uma porta convencional e era desejo dos proprietários que o quarto continuasse independente para manter a privacidade. A solução foi transformar metade da parede entre o quarto e a sala num grande painel de correr, mantendo a localização da porta original do quarto. Esta solução permite manter o desejo do cliente de privacidade ou optar por uma experiência de open space, que serve particularmente bem a área diminuta do apartamento, segundo a sua inclinação no momento.

Minimalista

O conceito minimalista assenta como uma luva neste equeno quarto, despojando-o de acessórios superfluos e de manias de grandeza. Branco integral é atual, e ao candeeiro deixamos a função de dar um toque de originalidade, além de dar luz!

E o melhor é que o enorme roupeiro deu lugar a uma armário embutido que providencia todo o espaço de arrumação necessártio, mas que se funde no ambiente.

A planta antes da remodelação

As mudanças subtis, mas eficazes!

Adora projetos de recuperação? Então veja também o do artigo ’Remodelação maravilhosa de apartamento’.

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