De ruína a maravilhosa moradia: salvou-se um pedaço de História!

Sílvia Cardoso—homify Sílvia Cardoso—homify
The White House Isle of Coll: Experience Serenity and Luxury at The White House in Isle of Coll, WT Architecture WT Architecture Modern houses
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A importância de proteger edifícios com valor cultural e histórico é, felizmente, amplamente reconhecida. Ao proteger as propriedades que abrigavam os nossos antepassados, testemunhamos o passar dos séculos e a transformação da nossa paisagem, protegemos a nossa própria herança e compreendemos a nossa história.

No entanto, há edifícios que cedem ao passar dos anos e caem num estado de ruína. Foi precisamente isso que aconteceu à propriedade que hoje lhe vamos mostrar, resgatada com “sensibilidade e bom senso” pelo atelier WT Architecture em parceria com os novos ocupantes.

A “Casa Branca”, como lhe chamam, localiza-se na ilha de Coll, na Escócia. Este nome informal deriva das típicas casas pretas que a rodeavam e das quais esta moradia se distingue. Esta moradia surge agora numa versão renovada e incorpora design de vanguarda e um interior moderno que cria um contraste gritante com o exterior centenário. A transformação da propriedade, de uma ruína delapidada sem telhado para uma casa familiar contemporânea é sublime. Vejamos como é hoje esta casa do século XVIII.

Reminiscências do passado

Construída em meados do século XVIII por Maclean of Coll, a “Casa Branca” é um edifício verdadeiramente sublime, especialmente agora que o gabinete WT Architecture o trouxe até ao século XXI sem comprometer a sua essência.

A estrutura principal foi encontrada intacta, apesar dos muitos anos de negligência e exposição aos mais diversos agentes erosivos. Uma das partes era, todavia, irreparável. Apesar disso, decidiu-se que a parte arruinada poderia ser parcialmente ocupada e conectada com os outros volumes. A ruína foi consolidada e as antigas paredes novamente erguidas através de entulho reciclado do próprio local e da pedra tradicional da ilha de Coll. Como pode ver pela imagem, uma secção da ruína foi deixada a descoberto, formando um pátio pitoresco que enfatiza o aspecto único do exterior.

O passado encontra-se com o presente

Nesta fotografia, podemos ver a parte traseira do imóvel com a extensão de vidro a ligar a ruína à parte moderna do edifício. A extensão envidraçada permite uma vista panorâmica sobre a bela paisagem e o horizonte a perder de vista. Na agora renovada parte da casa, pode-se encontrar uma cozinha e o quarto principal. A secção de conexão integra uma casa de banho e despensa, assim como várias zonas de arrumação. Foram, porém, acrescentados quartos quando se aumentou a casa. Existem mais quarto quartos e uma zona de serviço.

Uma sala de estar diferente

sala de estar contemporânea tem vista sobre as colinas verdes e a bela costa, afastando a necessidade de virar os sofás para uma televisão. É sem surpresa que vemos um telescópio pousado sobre a mesa de café para os proprietários e hóspedes curiosos obterem uma visão mais próxima do maravilhoso local que os rodeia. O chão em cerâmica cinza e a paleta cromática sóbria complementam os tons suaves de azul e cinza no exterior.

Uma cápsula acolhedora

Este intrigante quarto é um espaço confortável revestido com painéis e separado da sala de estar por uma parede de prateleiras. Se os moradores sentirem vontade de bebericar um chá e ler um bom livro ou se tiverem que trabalhar para cumprir um prazo, esta pequena e luxuosa cápsula é o sítio ideal para o efeito.

Uma casa de contrastes

No corredor, a parede em pedra do edifício original contrasta com a escada ultramoderna complementada por uma balaustrada de vidro e uma estrutura de aço. A justaposição dos materiais, um antigo e de origem e o outro moderno e feito pelo Homem, resulta nesta maravilhoso efeito. Este espaço de transição resume bem a abordagem adoptada para este projecto e reflecte a forma como a velha ruína e a extensão moderna interagem com harmonia.

Espaços abertos

Nesta casa, o espaço é fluido pelo que todas as diferentes áreas dialogam entre si. A zona de brincadeiras, em vez de fechada e claustrofóbica, beneficia de uma configuração de plano aberto. Com uma vista deslumbrante para a natureza, e uma constante sensação de espaço e de liberdade, é o lugar perfeito para dar asas à imaginação de uma criança.

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