Uma casa eficiente em pleno Alentejo!

Elisabete Figueiredo—HOMIFY Elisabete Figueiredo—HOMIFY
Casa Alentejana, knowhowtobuild knowhowtobuild Country style houses
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Por vezes não é preciso um grande projeto. Muitas vezes a ostentação é supérflua. Às vezes é preciso que seja simples para ser perfeito!

A casa que lhe queremos mostrar hoje é o paradigma desta constatação. Um projeto simples, despido de ostentações ou artifícios, e até com poucas inovações arquitetónicas. E no entanto elegante e puro na sua simplicidade!

Da autoria da Knowhowtobuild, de Foros de Salvaterra, esta moradia situada no Alentejo tem a sua verdadeira astúcia nos métodos de construção e está perfeitamente enquadrada na linguagem estética das construções alentejanas.

Com a sua cor branca e a sua faixa azul-cobalto esta casa deixa-nos vontade de paz e gosto de planície. Venha conhecê-la!

É uma casa portuguesa… alentejana!

A fachada não mente! E estejamos onde estivermos não deixamos de fazer a imediata ligação desta casa com a região onde está inserida. A ausência de piso superior e as paredes caiadas com a sua tradicional faixa azul são típicas destas paragens, em que a arquitetura se funde com a planície e os materiais e as formas se adaptaram ao clima.

Tradicionalmente as casas rurais típicas alentejanas eram feitas em taipa ou adobe, aproveitando os materiais naturais que a terra escaldante proporcionava. A parede de terra tinha uma excelente massa térmica e mantinha a casa, fresca no verão e quente no inverno, resistindo às fortes amplitudes térmicas. Nas últimas décadas estes métodos de construção foram quase esquecidos, e substituídos pelo tijolo furado simples e pelo betão que são bons condutores de calor, o que fez perder a eficiência energética e fez disparar a necessidade de aquecimento adicional e os subsequentes gastos energéticos.

Esta casa propõe-se a retomar a eficiência energética perdida no abandono do tradicional. Igualmente eficiente em termos energéticos mas construída com os materiais atuais para não fazer aumentar os custos de construção e incorporando novos materiais.

A fachada lateral

Tal como em todas as casas típicas alentejanas a lareira é um ponto central na casa, e neste caso a tradição mantém-se. Na imagem vemos a chaminé em relevo no exterior, mas vemos também a ampla janela. Neste caso ao contrário do tradicional as janelas são amplas e rasgadas, feitas em vidro duplo. Esta opção permite uma maior luminosidade interior mas poderia fazer perigar a eficiência energética não fosse a sua moderna construção.

Erguendo as paredes

Na fotografia acima podemos ver o desenrolar da construção dos pilares e das vigas de lintel em betão armado. Vemos também os tijolos que irão servir para construir as paredes.

As paredes interiores são feitas com uma estrutura em aço galvanizado. Este método usa aço leve como principal componente estrutural, o que proporciona uma grande resistência aliada a uma leveza apreciável. Mas também permite uma construção mais rápida, reduzir os custos, mais segurança e conforto, e reduzir a produção de entulho.

Por fim, em primeiro plano na foto, destacamos a vedação. Feita em madeira tratada em autoclave, esta cerca garante uma boa durabilidade enquanto mantém um aspeto rústico na propriedade.

O átrio de entrada

Os materiais naturais foram privilegiados de modo a obter interiores rústicos mas com um ar moderno. Placas de pedra revestem a parede divisória do átrio de entrada num padrão desigual muito natural. O teto é revestido de madeira em toda a casa, proporcionando um bom isolamento térmico e a sensação de aconchego que só o tom da madeira consegue dar.

O pé direito é relativamente alto e as paredes são simples e brancas, assim como a porta de entrada, ampliando os espaços.

O estilo adequa-se à área campestre em que a casa está inserida, e foi muito bem conseguido.

A sala de estar

Tal como é a essência de todo o projeto, também a decoração dos interiores é muito simples e elegante, baseando-se em tons de terra, castanhos e cremes, mas com um pouco do charme do preto. O mobiliário é singelo de linhas direitas e modernas, destacando-se na madeira claro que reveste o chão. 

Mantendo o tom rústico e campestre a lareira é revestida de placas de ardósia multicolor natural.

A casa não é muito grande, mas as áreas são generosas e o teto anguloso com vigas aparentes dá uma sensação de espaço e dimensão muito apreciada.

Por fim, a cozinha!

Esta cozinha não tem nada de rústico, embora mantenha as cores de terra do ambiente da casa. As várias superfícies em aço inoxidável dão-lhe um brilho muito atual, que é suavizado pelas madeiras do chão e do teto.

Muito moderna e prática, as suas linhas são predominantemente retas, e as superfícies são lisas para permitir uma fácil utilização do dia-a-dia. Está equipada com todos os acessórios necessários a uma utilização intensiva em família. As suas dimensões não são muito grandes mas estão aproveitadas com sabedoria, pelo que tem muita arrumação nos múltiplos armários. Em suma uma cozinha para ser utilizada de forma intensiva!

Agradou-lhe a forma como o espaço nesta pequena cozinha está aproveitado? Nós temos mais ideias assim! Não deixe de ler o artigo ’Pequenas cozinhas modernas!’ para as conhecer!

Execução das vigas de fundação e lage

Vamos então conhecer um pouco melhor os métodos de construção.

Nesta foto vemos um pouco da execução das vigas de fundação em betão armado para proporcionar maior resistência e estabilidade, e podemos os módulos que irão servir para construir a laje.

Estes módulos em plástico são colocados no solo e cobertos com cimento. Esta técnica permite a construção de fundações ventiladas, constituindo uma barreira entre o terreno e o edifício, eliminando assim a humidade que sobe do solo. Isto permite uma melhor atmosfera interior e um melhor isolamento térmico.

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