A reabilitação de uma moradia do Estado Novo

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Azevedo Coutinho House, Diana Vieira da Silva Arquitectura e Design Diana Vieira da Silva Arquitectura e Design Modern houses
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A homify 360º de hoje irá apresentar-lhe um fantástico projecto de reabilitação e alteração de um edifício de habitação original dos anos 50. Trata-se de uma moradia uni-familiar de dois pisos, onde os principais objectivos da arquitecta Diana Vieira da Silva foram manter a integridade da imagem original da casa, aceitando assim a sua transformação sofrida ao longo do tempo e valorizando as suas qualidades.

Uma casa portuguesa, com certeza

Esta moradia dos anos 50, transporta consigo uma extensa história. Desenhada num estilo Português Suave, conhecido também como arquitectura do Estado Novo, suporta uma linguagem extremamente nacionalista, cuja fachada é a imagem de marca da casa portuguesa. Assim, a fachada surge definida através do embasamento em pedra, socos, cunhais, guarnições dos vãos em cantaria, telha, e vários outros elementos tradicionalmente portugueses.

A piscina

Mais do que a preservação originária da imagem exterior deste edifício, foi também re-introduzida uma piscina já que a antiga apresentava-se em grave estado de conservação. Deste modo, foi introduzida uma nova, com uma linguagem mais moderna e que se enquadra melhor com a nova arquitectura proposta. 

Rodeada por um magnífico relvado, é um excelente lugar para as tardes mais ensolaradas de verão onde paisagem apaixonante da cidade do Porto completa o coração de qualquer um.

Os reflexos do passado

Visto que à construção original desta moradia de 600 m² foram sendo acrescentadas novas construções ao longo do tempo, tanto a nível do rés-do-chão, garagem, salão entre outros espaços, propôs-se a adaptação da habitação existente ao programa pretendido pelo cliente, onde o conforto, função e eficiência energética foram os principais atributos para o novo design.

Assim, o novo e o antigo fundem-se numa única linguagem, criando um espaço contemporâneo, com refexos de história.

Os materiais de revestimento

E passando para o interior,  é possível observar a continuidade da linguagem encontrada no exterior da casa. Aqui, são os materiais naturais que têm principal destaque perante a definição desta cozinha. A pedra (material utilizado no exterior) surge também como revestimento de algumas divisões do interior. No caso da cozinha, o revestimento do chão trespassa para o plano vertical revestindo assim uma das paredes desta divisão da casa, criando uma continuidade espacial. De forma a contrastar com o tom claro da pedra e com o mobiliário fixo branco, o revestimento do restante pavimento em madeira maciça completa este espaço tornando-o num lugar sóbrio e sofisticado.

As formas naturais

Continuando a mesma linguagem em termos de matéria e cor, também a sala de estar surge revestida com a mesma madeira maciça observada na imagem apresentada em cima. Este material, para além de ser um material natural e eco-eficiente, é o revestimento ideal tanto da sala de estar como dos quartos. Ao tratar-se de espaços de permanência, é essencial que o chão seja um chão quente, ou seja, um chão confortável. 

Uma outra particularidade deste espaço é a inclinação do tecto: ao assumir a inclinação natural do telhado, proporciona uma tridimensionalidade incrível neste espaço criando assim sensações únicas.

Uma casa de banho contemporânea

E para além dos espaços comuns, não podíamos deixar de lhe apresentar uma das casas de banho desta moradia. Seguindo a mesma linguagem sóbria dos restantes espaços, a casa de banho é também ela revestida com a mesma lógica da cozinha. Tratando se de um 'espaço de águas', é importante que o revestimento utilizado tenha uma superfície lisa, fácil de limpar e que não sofra danos e alterações comportamentais ao longo dos tempos. Assim, o chão desta casa de banho foi revestido a pedra, tal como as restantes paredes do espaço. 

Para o completar, foram introduzidas peças cerâmicas com uma linguagem extremamente contemporânea, e um grande bloco de vidro para definir o espaço de duche. Desta forma, a transparência do vidro não impede a entrada de luz através do vão localizado ao fundo deste espaço.

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